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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

2º Anticurso de Jornalismo

Participei deste primeiro anticurso e foi fantástico. Indico a quem interessa ser jornalista e também para aqueles que quem queira ser mais esclarecido.



2º Anticurso de Jornalismo
Como não enriquecer na profissão

Apoio: Escola da Cidade

objetivo A visão “Caros Amigos” de fazer e pensar o jornalismo. Sobre a exigência de
diploma, a mídia grande, o mito da imparcialidade e do ouvir os dois lados, o manual de redação, o repórter telefônico, a supressão de criatividade, as “fontes”. Aberto a estudantes, profissionais de comunicação e interessados em geral.

método palestra-debate (troca de idéias).

carga horária 16 horas

duração dois finais de semana de março (sábado e domingo)

datas 1º fim de semana 08 e 09 / 2º fim de semana 15 e 16

horários 1ª palestra: 13h às 15h (duas horas) – intervalo de 30 minutos

2ª palestra: das 15h 30 às 17h 30 (duas horas).

total de palestrantes 8

local: Escola da Cidade, Rua General Jardim, 65 - Metrô República - São Paulo/SP
vagas 100

palestrantes: José Arbex Jr., Ferréz, Mylton Severiano, Claudio Tognolli, Sergio Pinto de Almeida, Marcos Zibordi, Georges Bourdoukan, Hamilton O. Souza

valor do curso: 200 reais

contato para inscrição anticurso@carosamigos.com.br ou pelo telefone (11) 3819-0130

cronograma de palestras

sábado 8/3
13h-15h Mylton Severiano
15h30-17h30 José Arbex Jr.

domingo 9/3
13h-15h Claudio Tognolli
15h30-17h30 Hamilton O. de Souza

sábado 15/3
13h-15h Ferréz
15h30-17h30 Sérgio P. Almeida

domingo 16/3
13h-15h Georges Bourdoukan
15h30-17h30 Marcos Zibordi

conheça os palestrantes

MYLTON SEVERIANO
Mylton Severiano é o Editor Executivo da revista Caros Amigos. Jornalista desde criancinha, aos nove publicou no jornal Terra Livre o primeiro texto, sobre as condições em que vivia um casal de camponeses na Fazenda Bonfim, de sua terra natal, Marília. Ali formou-se acordeonista no Conservatório Musical Santa Cecília e concluiu o antigo Científico. Estudou Direito no Largo São Francisco, em São Paulo, curso que abandonou no segundo ano para dedicar-se ao jornalismo, na Folha de S. Paulo. Em 47 anos de carreira, trabalhou nos mais diversos veículos, em jornais, revistas, rádio e tv – Quatro Rodas, Realidade, Jornal da Tarde; TVs Tupi, Cultura, Globo, Record, Abril Vídeo. Participou do nascedouro de publicações como mensário ex-, lançado por Sérgio de Souza e Narciso Kalili; o diário Panorama, de Londrina, norte do Paraná; A Nação, semanário fundado por Tarso de Castro no Rio; Brasil-Extra; Extra Realidade Brasileira, dentre outros. Autor de vários livros, entre eles uma biografia de João XXIII; Um Século de Boa Vida, em parceria com Jorginho Guinle; Se Liga – O livro das drogas, finalista do Prêmio Jabuti de 1998; e Paixão de João Antônio, este pela Editora Casa Amarela, que publica Caros Amigos. Antes de tornar-se Editor Executivo da revista, já estava presente em suas páginas com a coluna Enfermaria, cujo nome explicou assim: “Sempre gostei da expressão - ‘ isso aí é outra enfermaria’. Tem a ver com a constatação: se o jornalismo é isso que a mídia gorda faz, então não sou jornalista, mas enfermo; ou, ao contrário, jornalista
sou eu, e eles, enfermos.”

JOSÉ ARBEX JR.
José Arbex Jr. é editor especial da revista Caros Amigos. É doutor em história social pela Universidade de São Paulo (USP) e professor de jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Como correspondente da Folha de S.Paulo, cobriu alguns dos eventos internacionais mais importantes da segunda metade do século 20, incluindo a guerra civil na Nicarágua e a queda da ditadura dos Duvalier no Haiti (1986), o processo de transformações da União Soviética (1988-1990), a retirada soviética do Afeganistão (1988), a retirada vietnamita do Cambodja, a Primavera de Pequim e a queda do Muro de Berlim (1989), a Guerra do Golfo (1991), o golpe de Estado de Alberto Fujimori, no Peru (1992). Em março de 2002, visitou a Palestina, como integrante de uma comissão especial do Fórum Social Mundial. O relato da visita está contido no livro Terror e esperança na Palestina (Editora Casa Amarela). Ao longo de sua carreira, Arbex manteve entrevistas exclusivas com Mikhail Gorbatchov, Yasser Arafat, Daniel Ortega, Ahmed Ben Bella, Samir Amin, Hebe de Bonafini, Noam Chomsky, Edward Said, Florestan Fernandes,
Celso Furtado, Milton Santos e outros chefes de Estado, ativistas, militantes e intelectuais. Em 1999 ganhou o Prêmio Vladimir Herzog de Jornalismo, pela reportagem “Terror no Paraná”, publicada por Caros Amigos. Também foi homenageado, em 2001, pelo Grupo Solidário São Domingos; em 2003 ganhou medalha Chico Mendes, oferecida pelo grupo Tortura Nunca Mais, em associação com outras entidades de defesa dos direitos humanos.

CLÁUDIO TOGNOLLI
Claudio Julio Tognolli é professor Titular da ECA-USP e da FMU-Fiam. Tem 44 anos, é jornalista desde os 16 de idade. Doutor em filosofia das ciências e mestre em psicanálise da comunicação, pela USP. Autor de cinco livros. Ganhou prêmios Esso, Jabuti, do Depto de Estado dos EUA e Grande Premio Folha de Jornalismo. Trabalhou em Veja, Folha de S. Paulo, NP, AOL, Rádios CBN, Jovem Pan e Eldorado, sempre como repórter especial. Já fez reportagens em mais de 30 países. É hoje repórterespecial da revista Consultor Jurídico e escreve para as revistas Caros Amigos, Galileu, Galileu Historia, Flash, Rolling Stone e Joyce Pascowitch. Seu quinto livro é sobre investigação: Midia, Máfia e Rock and Roll, pela Editora do Bispo, de Xico Sá e Pinky Wainer. Está terminando seu sexto livro, um romance policial, chamado Balenciaga Torres. É diretor da Abraji, associação brasileira de jornalismo investigativo, e representante do Brasil no International Consortium of Investigative Journalism (www.icij.org). É jurado de jornalismo da Fundacion Nuevo Periodismo Internacional, de Gabriel Garcia Marquez.

HAMILTON OCTAVIO DE SOUZA
Hamilton Octavio de Souza é jornalista profissional desde 1972. Trabalhou na reportagem geral e na reportagem política de O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Editora Abril e na imprensa alternativa, sindical e popular. Em 1974 participou da cobertura jornalística da Revolução dos Cravos, em Portugal. Foi diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo de 1975 a 1978 e um dos criadores do jornal Unidade. Em 1981, recebeu o Prêmio Wladimir Herzog de Direitos Humanos por
reportagem sobre a repressão política no Cone Sul, publicada no jornal Movimento. Foi diretor de Comunicação da Unifeob, de 2001 a 2004. Foi editor da Revista Sem Terra, do MST, de 2001 a 2006. É articulista dos jornais Brasil de Fato, Cantareira, A Palavra Latina, PUCViva e Tribuna (VGS) e da revista Caros Amigos. É professor da PUC-SP desde 1982. Leciona as disciplinas Projetos Experimentais, Técnicas de Reportagem e Sistemas de Comunicação no Brasil. Leciona também nos cursos de especialização
em Jornalismo Político e Jornalismo Social da PUC-SP-Cogeae. Formado em Jornalismo pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), tem curso de especialização na Universidade de Navarra, Espanha. Tem atuado ˆ por meio de artigos, debates e cursos ˆ nas áreas de jornalismo alternativo e popular, ética profissional, crítica da mídia e democratização dos meios de comunicação. É chefe do Departamento de Jornalismo da PUC-SP e diretor da Apropuc.

FERRÉZ
Ferréz é um híbrido de Virgulino Ferreira (Ferre) e Zumbi dos Palmares (Z) e uma homenagem a heróis populares brasileiros. Começou a escrever aos sete anos de idade, acumulando contos, versos, poesias e letras de música. Antes de se dedicar exclusivamente à escrita, trabalhou como balconista, vendedor de vassouras, auxiliar-geral e arquivista. Seu primeiro livro, Fortaleza da Desilusão, foi lançado em 1997,
com patrocínio da empresa onde trabalhava. A notoriedade veio com o lançamento de Capão Pecado que está na terceira edição, lançado em 2000, romance sobre o cotidiano violento do bairro do Capão Redondo, na periferia de São Paulo, onde vive o escritor. Ligado ao movimento hip hop e fundador da 1DASUL (marca de roupa totalmente feita no bairro) atuou também como cronista na revista Caros Amigos durante 5 anos. É criador do projeto, organizador e editor-chefe da revista Literatura Marginal, publicada
em colaboração com a Caros Amigos. No mesmo ano o autor cria o selo literário L.M. Outros livros são: Manual Prático do Ódio, Ninguém é Inocente em São Paulo (contos) e o infantil Amanhecer Esmeralda, todos pela editora Objetiva. Em sua prosa ágil e seca, composta com doses igualmente fortes de revolta, perplexidade e esperança, Ferréz reivindica voz própria e dignidade para os habitantes das periferias das grandes cidades brasileiras.

SÉRGIO PINTO DE ALMEIDA
Sérgio Pinto de Almeida fez faculdade de jornalismo, um pouco de letras e um pouco mais de filosofia. Mas o primeiro mestre, mesmo, foi Samuel Wainer, no semanário Aqui, São Paulo. Vieram outros, assim como veio o Diário de S.Paulo, Diário da Noite, Folha, Estadão, Jornal da Tarde, Status, Veja S.Paulo, e muitos outros veículos, especialmente da chamada imprensa alternativa, como Canja, Retratos do Brasil etc. E veio também muito free lancer, muitos projetos especiais, um tanto de televisão, produtoras, apresentação de programas de rádio e algumas campanhas políticas. São mais de 30 anos de jornalismo. Colabora de vez em quando com Caros Amigos, faz textos para a ESPN Brasil, dá aula no jornalismo da PUC-SP e dirige a Editora Papagaio. É são-paulino há 53 anos.

GEORGES BOURDOUKAN
Georges Bourdoukan, nascido no Líbano, em Miniara-Akkar, veio para o Brasil com 10 anos. Em São Paulo, como jornalista trabalhou nos mais diversos meios de comunicação. Foi colunista de assuntos estudantis no jornal Última Hora (seria preso, junto com os estudantes, quando fazia a cobertura do congresso da UNE em Ibiúna, proibido pelo regime militar). Mais tarde foi para a revista Placar onde, para comprovar que os jogadores não gozavam de nenhum respeito por parte dos dirigentes, fez-se passar
por empresário e comprou meio time do Santos para um fictício time marroquino.O contrato de venda foi assinado (e reconhecido em cartório) pelo então vice-presidente do Santos F.C., um general que vendia jogadores “como se estivesse vendendo gado”( os jogadores não haviam sido consultados). Em 1974 foi pra TV Cultura de São Paulo (de onde saiu diretamente para os porões da violenta Oban, Operação Bandeirante(DOI-CODI), por ordem do governador por não aceitar retirar uma matéria que alertava a população sobre um surto de meningite). Depois foi para a Rede Globo de Televisão. Como responsável pelo núcleo paulista do programa Globo Repórter, desagradou profundamente os fabricantes de pesticidas, ao realizar uma série de matérias sobre os danos causados ao meio ambiente pelo uso de tais produtos. O programa foi extinto. Em 1983, sem jamais cansar de dar murro em ponta de faca, funda o Jornal Jerusalém, especializado em assuntos do Oriente Médio (acusa os sionistas de anti-semitas e, enquanto de um lado o então ministro da Justiça, Ibrahim Abi-Ackel, tenta incriminá-lo, de outro ganha o Prêmio Vladimir Herzog). Em 1984 passa a dirigir duas publicações, a Revista Palestina, órgão oficial da OLP no Brasil, e a Revista dos Estados Árabes, por meio das quais viaja ao Oriente Médio, cobrindo conflitos na região. Como professor universitário, abandonou a Universidade por entender que a Academia servia apenas para domesticar os alunos. Ultimamente, Georges Bourdoukan vem se dedicando à literatura
e ao seu blog no site da Caros Amigos. Também é autor de A Incrível e Fascinante História do Capitão Mouro, O Peregrino, Vozes do Deserto e O Apocalipse todos pela Editora Casa Amarela.

MARCOS ZIBORDI
Marcos Zibordi é formado em jornalismo pela Unesp e mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal do Paraná com dissertação relacionando jornalismo alternativo e literatura marginal. Faz pesquisa de doutoramento na Universidade de São Paulo (USP) sobre a poesia do rap paulistano. É colaborador da Revista Sem Terra, do MST, repórter da Caros Amigos e professor da Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban), nos cursos de Jornalismo e Letras. Já foi correspondente no interior de São Paulo para o Jornal da Cidade, de Bauru; repórter de cultura da Gazeta do Povo, de Curitiba; e passou rapidamente pelo Almanaque Abril.

Inscrições: www.carosamigos.com.br

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